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Foto do escritorElissa Khoury

Encontro e sentido



Desde que comecei a estudar a vida humana pela via dos setênios (períodos de 7 anos) com suas demandas e alegrias, passei a me apropriar mais de minhas escolhas. Tenho aprendido a ver os desafios como oportunidades de mudança, de visitar padrões arraigados e checar se ainda me servem.

 

Olhar meu dia em retrospectiva é um bom exercício para a memória, principalmente nesta fase da vida. É também um jeito de perceber minhas repetições, deleites, aprendizados, erros e esquecimentos. Nessa revisão noturna, que muitas vezes falha, reconstruo os meses com suas especificidades. Agora vejo dezembro e posso fazer a colheita do ano. Tanta coisa aconteceu: grande e pequena, luminosa e sombria.

 

Não coloco as polaridades na balança, porque elas estão sempre aí em suas oposições. No sobe e desce dos pratos, o que importa é o dinamismo equilibrado e os ensinamentos trazidos. Houve movimento e encontro. Houve vida e sentido.

 

A quem se foi, vocês ficam dentro de mim. Fazem parte da minha história. Vivi com todos e guardo experiências, saudade e a possibilidade de revisitá-los em memórias e sonhos.

 

A quem continua, obrigada por serem parte. Torno-me em e com vocês. Como é bom sabê-los por perto. Uma rede que me impulsiona e acolhe conforme a necessidade. Com direito a ficar enroscada de vez em quando, claro.  

 

Aos que entraram, bem-vindos! Que eu possa ter lhes trazido alguma coisa nova: uma inquietação, um sorriso, uma esperança, uma pergunta. Que eu não tenha passado em branco, como vocês também não passaram. Presentes. Guardo suas individualidades e suas luzes únicas em mim. Deixo as portas abertas para que possam ir e vir de acordo com os caminhos de cada um. Permaneço.

 

Do que vivo e invento, o sentido vem de vocês e de nossos encontros. Sabem quem são. Talvez não percebam o quanto significam, por isso digo: você, que cruzou meu caminho em qualquer momento, importa. Obrigada por me ensinarem tanto, por me emprestarem suas palavras, por dividirem comigo seus conhecimentos e suas histórias, reais e fictícias. Com e por vocês, sigo aprendendo, experimentando, criando e compartilhando. Deixo um “viva” ao gerúndio, que mantém a continuidade dos verbos.

 

Aos que ainda não chegaram, o convite: venham. A paisagem por aqui é linda. Façam uma visita, uma paragem para um copo de água fresca. Aqui tudo pode, só não de qualquer jeito. Precisa fazer sentido. Só assim vale a pena.

 

Houve movimento e encontro. Houve vida e sentido. Valeu a pena.

 

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