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  • Foto do escritorElissa Khoury

Um só tapete

Atualizado: 7 de nov. de 2020



O mar das histórias é o mar da vida. Nele, o tempo não existe. Existimos nós, que passamos no tempo, chegamos e saímos. Fios do tapete da existência humana. Ferramentas e materiais variam. A história segue. Cores, tramas, texturas, emaranhados, tropeços, nós, belezas, paisagens, harmonias. Um só tapete.


Esta semana fui arrebatada por vozes incríveis. Vozes do recordar a unidade.

Uma pessoa querida enviou-me um vídeo do Koolulam (https://bit.ly/3k76CKE). Até então, não o conhecia. Um grupo que não é um grupo, fazendo um show que não é um show, como escreveu a redação do Gazeta de Pinheiros, em 19 de setembro de 2019. Exato: pessoas de todas as cores, tamanhos e idades, sem pré-requisito de experiência musical, ensaiando e cantando juntas uma única canção. O resultado precisa ser visto. “A beleza que conseguimos criar quando nos unimos”, como disse outra pessoa querida.


Nas vozes de Regina Machado e de Giuliano Tierno, disponíveis na página de Facebook do Curso Contadores de histórias da Biblioteca Hans (https://www.facebook.com/cursodahans), lembrei-me de nosso direito de existir, de experimentar, de não saber, de querer aprender, de ter quem nos guie. Cada um ensina aquilo que sabe, cada um aprende de um jeito e podemos seguir juntos, sim, eternos aprendizes da vida. Fios de um mesmo tapete.


Com a biografia de Helena Blavatsky, apresentada pela filósofa Lúcia Helena Galvão (https://www.facebook.com/cursodahans) – sim, também me alimento da filosofia de Nova Acrópole –, ouvi uma vida dedicada à valorização de saberes ancestrais, à consciência da unidade, a um conhecimento que ela não podia ver esquecido na contramão do caminhar horizontal.


Cada vez que somos capazes de narrar histórias ancestrais, de rememorar biografias dedicadas aos ideais humanos, de unir nossas vozes em melodia harmoniosa, honramos quem nos ensina sobre a jornada humana e, por esse instante, acordamos. Essas vozes me habitaram. Ainda ressoam e precisam de tempo para me revelarem seus segredos.

Por fim, na voz do escritor Bartolomeu Campos de Queirós (https://bit.ly/2Fo5RxM), ouvi umas das mais acertadas definições de beleza: “A beleza é tudo aquilo que você não dá conta de ver sozinho”. Não dei conta. Para agradecer o que recebi, compartilho.


Chegamos e saímos, mas a história segue. Que saibamos aprender a tecer para ensinarmos o que soubermos a quem vier depois de nós. Um só tapete.


Elissa Khoury

 

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